Psychocandy nunca esteve tão em voga. O primeiro álbum do Jesus and Mary Chain vem servindo nos últimos tempos como bíblia para um grande número de fiéis à microfonia. Não é pra menos!

 

Lançado há 26 anos pela Blanco Y Negro, Psychocandy é um disco assustador, confuso e caótico, que traz para uma câmera de eco e distorções a crueza e estética sombria do Velvet Underground e a melancolia do pós-punk de acento gótico.

William e Jim Reid, acompanhados de Bobby Gillespie na bateria e do baixista Douglas Hart, colocaram todo o barulho que conseguiram tirar de suas guitarras sobre a seção rítmica de sua econômica e igualmente selvagem cozinha, e o resultado é sentido do começo ao fim do disco.

 

 

Uma reportagem que li há muitos anos descrevia o J&MC dessa época como uma mistura de punk, Alice Cooper e qualquer outra coisa inexistente; essa coisa inexistente é justamente a pedra onde Psychocandy está fincado.

O poder de hipnotizar pelo barulho, de juntar influências como as já citadas e outras (surpreendentes) como a sonoridade das girl groups e a capacidade de causar muito estranhamento em ouvidos despreparados (até hoje) são alguns dos pontos-chave do álbum.

Mas palavras não podem explicar o que é Psychocandy. Ouví-lo é uma obrigação para quem quer entender o caminho que o rock de guitarras tomou dele em diante, e a prova maior de seu poder está aí, espalhado em inúmeros discos recém-lançados.

Essencial!


10 respostas para “The Jesus And Mary Chain – Psychocandy (1985)”.

  1. […] com clima dark, algo entre o barulho dos anos 90 e as sombras dos anos 80. Quem pensou em um Psychocandy com o pé no acelerador chegou […]

  2. […] e sexy, Garlands – que em 2012 completa 30 anos – é na verdade a base (assim como Psychocandy) para muito do que foi feito no rock de guitarras distorcidas nos anos seguintes, do dream pop ao […]

  3. […] trabalhos de que se tem notícia desde que os irmãos Reid deram ao mundo a obra prima chamada Psychocandy, e agora – para minha surpresa e alegria – o selo alemão No Emb Blanc reeditou os […]

  4. […] registros de que se tem notícia desde que os irmãos Reid deram ao mundo a obra prima chamada Psychocandy, e agora – para minha surpresa e alegria – o selo alemão No Emb Blanc reeditou os […]

  5. […] que o debute do Yuck é super barulhento e que Glow & behold é super pop. Barulhento é o Psychocandy, distorcido é o Loveless, dissonante é o Daydream nation, porra. O resto é papo […]

  6. […] À frente do Jesus and Mary Chain, os irmãos mais barulhentos do rock cravaram seu nome na história da música contemporânea com seu primeiro e revolucionário álbum, o obrigatório Psychocandy. […]

  7. […] compila 21 pedradas lançadas pelo J&MC durante esses barulhentos 14 anos, entre o fundamental Psychocandy e seu canto do cisne, […]

  8. […] é segredo para ninguém que a bíblia de Baker é Psychocandy, pedra fundamental das distorções e da microfonia, mas também da junção desse inferno com a […]

  9. […] o nome deixa claro, este é um tributo ao seminal disco de estreia dos irmãos Reid, lançado originalmente há 30 […]

  10. […] montar uma banda que aliasse ‘aquele som’ e guitarras distorcidas. Mais ou menos como fizeram os irmãos Reid 3 décadas antes, mas com menos microfonia (risos). E assim, cá […]

Deixar mensagem para Ceremony – Safranin Sounds (2012) « PEQUENOS CLÁSSICOS PERDIDOS Cancelar resposta