Paul Baker é um dos sujeitos que mais respeito no universo do rock. Esse respeito e uma enorme admiração vem de vários anos atrás, quando ao lado dos igualmente respeitados e admirados Oliver Ackermann e John Fedowitz fundou o Skywave, banda responsável por trazer de volta à tona, nos anos 2000, a barulheira shoegaze dos anos 80 e 90.
Com o fim do Skywave Paul seguiu ao lado de John com o Ceremony, até que em 2012 ele e sua namorada Jamie Casey decidiram fazer música juntos. Nascia assim o Static Daydream.
No ano passado lançaram seu primeiro trabalho, o EP The only one, além de participarem de compilações dos selos The Blog That Celebrates Itself e Saint Marie Records. E foi por este último que debutaram em 28 de agosto último com Static daydream, o disco. Ouça alto:
Não é segredo para ninguém que a bíblia de Baker é Psychocandy, pedra fundamental das distorções, da microfonia e da junção desse inferno com a harmonia das girl groups e a melancolia pós-punk.
Pois bem, é justamente por este caminho (sagrado) que segue o Static Daydream em sua estréia, borrando sonhos com violentas descargas elétricas, alternado espasmos punks e letargia gótica, mas sempre, sempre elevando ao máximo o nível de decibéis.
Em meio à enxurrada de lançamentos de shoegaze e afins que pipocam dia a dia pela rede, este definitivamente merece atenção. Então separe 47 minutos de seu dia, aperte o play e perceba a diferença entre quem mergulha fundo e quem flutua na superfície.
Altamente recomendado!