Em 14 de dezembro de 1977 o Joy Division entrou nos Pennine Sound Studios, na pequena Oldham, com um orçamento de 400 libras e a vontade de colocar no acetato 4 canções que vinham tocando desde que se chamavam Warsaw.
Gravaram e produziram o EP An ideal for living numa tacada só, seguindo à risca a máxima do it yourself de sua alvorada punk, mas musicalmente já apontando na direção que seguiriam até o fim de seus dias, apenas dois anos depois.
Em 3 de junho de 78 o disco foi lançado de forma independente, 13 dia antes do primeiro registro oficial da banda – gravado em outubro do ano anterior. Sem a mão do insano Martin Hannett, que assumiria a produção dos álbuns do quarteto à partir de Unknown pleasures e deixaria sua marca dali em diante, An ideal for living é cru, sem as experimentações presentes em seus dois discos cheios; por outro lado a energia que pulsa em suas faixas é um dos pilares do pós-punk que até hoje reverbera mundo afora, impulsionando um sem número de jovens a extravasar suas angústias em forma de música. Há 40 longos anos.
Essencial!
Joy Division é atualíssimo. A curta vida da banda é, paradoxalmente, eternizada pelos álbuns lançados e demais materiais disponíveis na grande rede de computadores. Vida longa, Joy Division!