Sétimo disco da dupla Victoria e Alex, 7 (dããã) saiu há uma semana via Sub Pop e desde então vem sendo louvado por muitos como o melhor trabalho da dupla, ou ao menos o melhor desde Teen dream, que – não que isso valha algo – foi quando fui fisgado pelo Beach House.
Enfim, se é mesmo o álbum-mais-fodão deles não sei, porque como a maioria de seus fãs e da crítica especializada, gosto de tudo que puseram no mercado desde que surgiram para o mundo em 2006. Mas que 7 é um baita trabalho, disso não há a menor dúvida.
Agora com um batera fixo tocando em todas as 11 canções do disco, Legrand e Scally chamaram para uma ‘produção informal’ o mestre Sonic Boom, e sua influência é sentida já na abertura do pacote com “Dark spring”. É como se a aura sonhadora do duo de repente fosse infectada pela eletricidade psych de Kember.
Esses dois pontos citados acima são parte de uma ruptura – citada pelo próprio Beach House – com padrões (auto) impostos nas composições e registros de suas canções; uma espécie de quebra molecular na fórmula dos seis discos anteriores (embora eu ache que esse refresh pouco mudou na estrutura geral das faixas, que a meu ver permanecem ‘com cara’ de BH. O que é ótimo). Além disso o sombrio cenário político global é mencionado como forte influência na composição de 7, o que – ao menos por aqui – reforça a admiração à dupla.
Ouça alto em bons fones de ouvido.
É um bom álbum e um dos melhores lançados neste 1º semestre de 2018, mas creio que dificilmente a banda produzirá uma obra prima como “Bloom” de 2012!