Antes que as pedras voem em direção às janelas do PCP, já aviso: não tenho certeza sobre a veracidade desta fita. Recado dado, vamos ao que interessa.
Reza a lenda que no início dos anos 90 Anton Newcombe, o genial e instável líder dos preferidíssimos da casa Brian Jonestown Massacre, habitava a sempre efervescente San Francisco e frequentava – claro – as lojas de discos de sua vizinhança.
Numa dessas lojas, especializada em música experimental, trabalhava Alan Herrick. Anton era visita costumeira, e entre uma conversa e um café, num belo dia ele disse a Alan que iria montar ‘a melhor banda de todos os tempos, a mais psicodélica e perigosa que já existiu.’ O jovem funcionário não duvidou, já havia escutado algum material de Newcombe e, pelas muitas conversas travadas no balcão, sabia que o intrépido sujeito sacava um bocado sobre música.
Algum tempo depois, Anton entrou pela porta da loja com olheiras enormes, um ar insano e uma fita cassete na mão. ‘É isso, e isso é grande. Se chama Brian Jonestown Massacre.’ Alan sorriu enquanto Mr. Newcombe pegava uma caneta e escrevia na fita: THE BRIANJONESTOWNE MASACRE ANTON 861-8683. Deu o cassete ao amigo e pediu para tocá-lo; ao início da primeira faixa, disse ‘É isso, e estou tão cansado que preciso dormir logo’. Saiu porta afora e desapareceu.
Cinco anos depois o BJM lançaria seu primeiro disco oficial, mas isso fica para outra ocasião. E como dito no início deste texto, não sei ao certo até que ponto a história desta demo é verídica, mas é inegável que em seus 40 minutos estão os genes da banda: psicodelia pesada e distorções shoegaze em doses iguais, numa produção obviamente crua e caseira, mas sim, com cara de Brian Jonestown Massacre.
Ouça e ateste:
Poutz, que pérola isto heim? tenho o methodrone em casa.
Valeu demais por este post… pqp… curioso em ouvir.
ouve que é brisa!
homework pra domingo garantido. muito curioso mesmo. valeu, seu blog salva muitas
Pingback: The Brian Jonestown Massacre – Pol Pot’s Pleasure Penthouse (1991) | PEQUENOS CLÁSSICOS PERDIDOS