É raro a presença de lançamentos por aqui, não porque não os escute, mas porque creio que a internet já está bem recheada de espaços para a disseminação de novidades, muito embora ache também que a maioria destes espaços não se preocupa muito com curadoria, apenas com o fato de ‘ser novo’. Talvez seja rabugice minha, talvez não.

De qualquer forma, se alguém jogasse em minhas orelhas este recém lançado Fully beat, disco de estreia dos californianos Aluminum, e me perguntasse em que ano ele saiu eu responderia algo entre 1991 e 1993, porque mesmo tendo sido lançado há um mês é exatamente assim que ele me soa. Ouça e discorde, se puder.

 

 

A banda de San Francisco encabeçada pelos dois vocalistas Marc Leyda e Ryann Gonsalves – ambos já com boa bagagem na cena local – cita como influências uma série de artistas, de Happy Mondays a Breeders, passando por Orbital e Bowery Electric, mas a grosso modo o que escuto aqui como referências são My Bloody Valentine e Boo Radleys circa 1992, com pitadas baggy que poderiam vir tanto dos Mondays quanto do Chapterhouse.

E independente do que citam ou do que ouço, o lance é que Fully beat é TÃO noventista que ao ouví-lo dá pra sentir até o cheiro dos inferninhos barulhentos de SP (risos chapados) . Então sim, é um ótimo lançamento, mas é um bebê com corpo e alma de trintão (mais risos) e já nasceu preferido da casa.

 

 


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