Deve ser louco passar uns dias internado no Cobra Studio, em Berlim, na companhia de Anton Newcombe e sua gangue. ‘Internado’ porque a impressão que se tem ao acompanhar o BJM pelas redes sociais é que, excetuadas as horas em que estão sobre o palco, passam todo o resto do tempo nesse laboratório freak criando música.
São tantas faixas ‘under construction’/’work in progress’ que fica até difícil organizar a porra toda em ordem cronológica, mas pelos meus cálculos são exatos 16 meses separando Don’t get lost de Something else, o mais recente disco cheio dos caras lançado em junho último. Um baita disco, aliás.
Nele Newcombe e cia. deixaram de lado as fritações kraut/eletrônicas/etc. e voltaram às trips ‘puramente’ psicodélicas, cheias de influências sessentistas – mais ainda quem em Third world pyramid, de 2016. É como se, em meio à enorme onda de bandas lisérgicas que não para de crescer mundo afora, os discípulos de Brian Jones chegassem chutando a porta, dizendo “calma lá, molecada, que agora o bagulho é sério”.
O final do álbum, à la “The end”, atesta o parágrafo anterior. Ouça alto.
Pingback: The Brianjonestown Massacre – The Brianjonestown Massacre (2019) | PEQUENOS CLÁSSICOS PERDIDOS