Eu poderia – na verdade deveria – escrever um grande artigo sobre Perfect prescription, segundo disco do Spacemen 3. Um texto enorme, grandioso, recheado de pormenores sobre a composição desta obra-prima, envolvendo uma extensa pesquisa, discorrendo profundamente sobre cada uma de suas faixas para no final emitir uma opinião contundente. Mas não vou.
Porque isso seria chato, desnecessário e, neste momento, inviável. Afinal Perfect prescription foi inteiramente escrito como – e para acompanhar – uma viagem de drogas, e agora estou tão limpo quanto uma criança, puro como uma virgem de Avalon, incapaz de ir da caminhada com Jesus ao encontro com o doutor. E não vou dar uma de crítico musical sério e falar de seu caráter revolucionário e/ou da evolução dos homens do espaço de Sound of confusion até aqui.
Deixo a vocês apenas a prescrição deste bálsamo, sem restrições ou contra-indicações. Boa viagem!
PEQUENOS CLÁSSICOS PERDIDOS 