Vi num dos grupos do Fuckbook na última semana uma postagem com um texto do Lúcio Ribeiro falando sobre os canadenses do Viet Cong e seu primeiro e homônimo disco cheio, lançado pelo excelente selo Jagjaguwar em 20 de janeiro.
Se me lembro bem (não, não vou pesquisar para refrescar minha curta memória), na chamada o jornalista comparava o quarteto ao Interpol, e nos comentários que seguiam os usuários da rede social colocavam na panela também o Joy Division. Acho que todos estão meio surdos, ou só ouvem o que querem.
Inegavelmente a sonoridade de Viet cong, o álbum, passa pelo pós-punk seco nascido nos anos 70 e relido honestamente por alguns nos anos 2000, mas como colocar “March of progress”, por exemplo, ao lado de, sei lá, “Disorder” ou “PDA”?
Bom, talvez o surdo seja eu, mas quando pus os ouvidos neste álbum do Viet Cong pensei mais em No Age e Sonic Youth que nos grupos citados pelo respeitado colega. Ainda se falasse em Gang of Four e Wire…
Enfim, Viet cong é um disco ruidoso, experimental, com ares do chamado art rock mas também com baixa fidelidade e fuzz, eletronices, distorções à rodo e…pós-punk (atenção à “Silhouettes”). Ouça na íntegra:
Independente de rusgas ou rótulos, este disco de estreia do Viet Cong tem uma força impressionante e, mesmo trazendo tantas referências passadas, não soa saudosista ou nostálgico, apontando sim para um futuro barulhento, desconexo e livre de padrões.
Altamente recomendado!
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