Em 1991 1/4 do mundo era grunge, 1/4 era metaleiro farofa, 1/4 era (proto) clubber e o último 1/4 era shoegaze. Ok, provavelmente a proporção não era bem essa e a fatia de bandas gazer nesse bolo era bem menor, mas o mundo é mesmo injusto e ponto.

O lance é que grande parte dessa galera que curtia olhar pros próprios sapatos enquanto deitava o cabelo nos pedais bebia basicamente da fonte My Bloody Valentine, o que não era (nem é) necessariamente um problema. Mas por outro lado, engolido pelos 3/4 citados no primeiro parágrafo e também pelos demais gazers, havia o Chapterhouse. E Whirlpool, seu primeiro disco.

Lançado originalmente em 91 pela Dedicated e reeditado em 2006 pela Cherry Red com sete faixas bônus retiradas de três EPs da banda (Freefall, Sunburst e Pearl), este álbum é uma preciosa e desigual mistura das guitarras distorcidas da escola dream pop/shoegaze com grooves dançantes à madchester, sample de Led Zeppelin, drogas lisérgicas e consequentemente muito transe e derretimento.

Em meio aos grandes discos de 91, este com certeza tem um brilho único. Essencial!


3 respostas para “Chapterhouse – Whirlpool (1991)”.

  1. […] e feedback lá em 91. No meio do ano o Chapterhouse debutava pela Dedicated com o sensacional Whirpool, adicionando batidas dançantes ao caldo psicodélico dos gazers e lhes apresentando um de seus […]

  2. […] musical do grupo de Reading – sim, eles são da terra daquele festival – se resume a Whirpool ou aos singles que os caras lançaram antes dele. Mas quem liga pra relevância musical quando se […]

  3. […] A banda de San Francisco encabeçada pelos dois vocalistas Marc Leyda e Ryann Gonsalves – ambos já com boa bagagem na cena local – cita como influências uma série de artistas, de Happy Mondays a Breeders, passando por Orbital e Bowery Electric, mas a grosso modo o que escuto aqui como referências são My Bloody Valentine e Boo Radleys circa 1992, com pitadas baggy que poderiam vir tanto dos Mondays quanto do Chapterhouse. […]

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