
Tudo que havia para ser dito sobre o debute do Stone Roses já foi dito. O álbum homônimo, lançado pela Jive Records em 1989, já foi dissecado por especialistas, entusiastas, fãs, críticos, toscos, músicos, DJs, etc, etc, etc.
Então por que cargas d’água o famigerado disco das laranjas é a bola da vez aqui no PCP? Poderia dizer que é pelo fato de o considerar a melhor estreia em disco de todos os tempos; poderia dizer que é pela química entre os 4 integrantes da banda e pelo poder de fogo de cada um; poderia dizer que é pelo fato dos Roses serem os ‘cabeças’ do Madchester; poderia dizer que é pela mescla discreta entre o pop psicodélico dos anos 60 e o emergente acid house; poderia dizer algo sobre a influência deste álbum nas gerações futuras; enfim, poderia dizer muitas coisas. Mas tudo isso já foi dito.
O grande lance com The Stone Roses, o disco, está nos sentimentos. Como relatei ao Floga-se, conheci a banda ao mesmo tempo em que conheci todo o Madchester, mas Ian Brown, Jonh Squire, Mani e Reni me pegaram pelo coração com este álbum, e aí não há o que fazer. E lá se vão uns 20 anos…
Entre cada faixa, de “I wanna be adored” a “Fools gold”, um mar de sensações inexplicáveis vai fluindo. É preciso ouvir The Stone Roses com todo o corpo, ter os sentidos aguçados por ele, se deixar levar, como numa paixão irresistível. Enxergar a beleza, captar as vibrações, sorrir e dançar.
Claro, cada pessoa sente a música de uma forma. É possível que ouvir este disco não lhe cause absolutamente nada, e não é essa a intenção.
O importante é cada um achar o ponto mais fundo em que a música pode lhe tocar, e aí as coisas nunca mais serão como antes. Acredite, é uma sensação fantástica! E Essencial!

