Finalmente! Após anos de espera, quando o sol de 2013 já se punha, eis que veio ao mundo o primeiro disco cheio dos preferidos da casa Loomer, quase 4 anos após seu último EP, Coward soul.
Lançado em 29 de novembro via Midsummer Madness, Sinewave e Transfusão Noise Records, You wouldn’t anyway é, assim como os EPs que o precedem, um mergulho dos gaúchos no universo do rock distorcido que desde os anos 80 vem servindo como fonte – aparentemente inesgotável – de combustível para um sem número de bandas lançar excelentes álbuns.
Misture em doses desiguais os borrões do shoegaze à My Bloody Valentine (sempre a referência mais óbvia, mas não única), a barulheira de Jesus and Mary Chain e Dinosaur Jr., as dissonâncias do Sonic Youth, doses do lado mais punk do grunge (pode ser Mudhoney e Nirvana) e você terá, mais ou menos, as referências que conduzem o andamento das 10 ótimas faixas do disco. Aliás, falando em suas faixas, a versão CD You wouldn’t anyway trará um encarte especial com 10 páginas ilustradas por amigos da banda retratando cada uma das canções – todas nomeadas com base em filmes e bandas referências para os membros da Loomer.
O álbum também será lançado em vinil, que não trará o encarte mas sim um poster – com arte assinada por Itapa Rodrigues, também responsável pela capa – e é o último com a presença da baixista Liege Milk (Medialunas, Hangovers). Quem assume o posto na cozinha agora é Marina Jaskulski, velha conhecida da banda (tocou com o guitarrista Richard La Rosa – produtor de You wouldn’t anyway – na primeira formação da conterrânea Lautmusik).
Enfim, detalhes e informações à parte, ouça You wouldn’t anyway no talo e viaje para o tempo em que indie rock se fazia assim, em alto e bom som, com atitude e não pose.
Altamente recomendado!
PEQUENOS CLÁSSICOS PERDIDOS 