O One Last Wish é daquelas bandas de vida muito curta e influência subsequente muito grande, mas sofre da síndrome do filho do meio, bem como sua quase gêmea Happy Go Licky (risos). Formado das cinzas do seminal Rites of Spring em maio de 86, o quarteto (Guy Picciotto, Edward Janney, Brendan Canty e Michael Hampton) se separou em janeiro do ano seguinte, e deixou – além dos míticos shows realizados nesses meses – apenas um registro oficial, o álbum 1986.

O disco saiu pela Dischord e foi produzido pelo anti-boss do selo Ian Mackaye, mas só chegou às prateleiras de CDs em 1999, quando – creio eu – a maioria dos mortais, incluindo eu e outros tantos fãs do Fugazi os descobriram (bem como a todas as bandas envolvidas nesse emaranhado, como as citadas no primeiro parágrafo além de Faith e Embrace, por exemplo).

E se as sementes do Emo foram plantadas Pelo Husker Du e pelo Rites, aqui meus camaradas, elas brotaram. Escutar 1986 é vislumbrar um futuro que traria Sunny Day Real Estate, Nation of Ulysses, Mineral e At The Drive-In, pra citar apenas alguns representantes dessa cena que, bem, vocês sabem onde desembocou. Pra além do emo ou do post-hardcore, outros queridos por aqui como Superchunk, Seaweed e Nada Surf também beberam muito na fonte do One Last Wish, principalmente nos riffs e vocais de Picciotto.

Mas como palavras nem sempre são suficientes, sugiro a você que aumente o volume e aperte o play logo abaixo pra entender através da linguagem universal que é a música a força contida neste álbum.

Essencial!

 


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