Há exatos 20 anos, em 18 de novembro de 1996, chegava ao mundo If you’re feeling sinister, segundo disco dos escoceses Belle and Sebastian. Ou na prática o primeiro, afinal Tigermilk, do mesmo ano, é na verdade o TCC de Stuart Murdoch e só teve 1000 cópias prensadas até seu relançamento em 1999.
Mas isso não significa que de um álbum para o outro a banda tenha mudado sua assinatura – que permanece basicamente a mesma até hoje, diga-se. O mesmo ar melancólico e delicado que ainda irrita machos com sobrecarga de testosterona é a marca d’água do disco, cheio de violões, pianos, vocais tímidos, pop sessentista, Smiths e o humor mordaz de Murdoch escondido atrás da aura de fofura de suas 10 canções.
Considerado por muitos o melhor trabalho do B&S, If you’re feeling sinister é como Tigermilk e The boy with the arab strap (de 98) um álbum irrepreensível, independente de rankings. Mas realmente a sequência formada por “Like Dylan in the movies”, “The fox in the snow” e “Get me away from here, I’m dying” é de emocionar até o mais insensível dos seres.
Enfim, também como os outros dois discos citados no parágrafo acima, este carrega em seus sulcos muitas histórias pessoais e uma carga emocional gigantesca, portanto deixo para outros a tarefa de descrevê-lo friamente. Enquanto isso convido vocês a ouví-lo mais uma vez comigo, entre uma dose e outra. Cheers!
É realmente um disco marcante dos anos 90. Lirismo exacerbado e uma delicadeza que envolvem o ouvinte de cabo a rabo do disco. Belle and Sebastian não fizeram nada melhor depois. Vou catar agora entre os meu CDs para reouvir.