Qualquer coisa dita ou escrita a respeito de A weird exits que não envolva palavrões do tipo ‘vá se foder’, ‘que disco do caralho’ ou puta que o pariu’ certamente saiu da boca ou caneta (caneta?) de alguém que:

A) Não ouviu o álbum e decidiu falar sobre ele
B) É um puritano de merda
C) Posa de crítico musical mas é um hipster
D) Todas as alternativas anteriores

Porque o novo álbum do Oh Sees PEDE que todo tipo de obscenidade seja dita a seu respeito, afinal são 39 minutos de uma viagem por lugares onde palavras (e pessoas) limpas e estéreis não circulam, são mal vistas e rejeitadas.

” Dead man’s gun” e “Ticklish warrior” abrem o pacote de oito faixas com os dois pés no peito, duas músicas e um esporro punk/garageiro pra fazer vomitar aquela cerveja a mais que você bebeu, enxugar a boca, pedir mais uma, engolir com um ácido e cair em “Jammed entrance” e “Plastic plant”.

Quando a parada bater você provavelmente vai estar na introdução de “Gelatinous cube”, e como está doidão talvez ache que está ouvindo “Iron man” do Sabbath, até que os espasmos finalmente comecem a te sacudir; não, você não é o homem de ferro, é uma gelatina de álcool e psilocibina prestes a derreter com os sintetizadores (!) e órgãos de igreja (!!!) de “Crawl out from the fall out” e “The axis”. Mas não se preocupe, a coisa toda chega ao fim antes que você possa gritar ‘CARALHO, QUE TÁ ACONTECENDO?’.

Melhor disco do ano!

 


3 respostas para “Thee Oh Sees – A Weird Exits (2016)”.

  1. Mateus Resende

    Caraca que descoberta, não esperava ser surpreendido por algo tão legal e diferente a essa altura do ano

  2. […] lançado pelo Oh Sees em 2016, segundo de inéditas. Após Live in San Francisco e o sensacional A weird exits, John Dwyer e cia. fecham o pacote do ano (será?) com um álbum curto, um tanto instrumental e […]

  3. […] “…o novo álbum do Oh Sees PEDE que todo tipo de obscenidade seja dita a seu respeito, afinal são 39 minutos de uma viagem por lugares onde palavras (e pessoas) limpas e estéreis não circulam, são mal vistas e rejeitadas.” (Leia mais/Ouça o disco) […]

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