Em 2012 o Supercordas lançava A mágica deriva dos elefantes e muita gente derretia junto aos cariocas, tecendo elogios ao álbum e colocando-o entre os melhores daquele ano. Por um daqueles misteriosos motivos que (sempre) me fazem perder o bonde musical, só fui ouvir o disco recentemente, daí decidi fazer uma busca pra ver o que os caras estavam fazendo atualmente e BOOM! Me deparo com Terceira terra.
Definitivamente ou eu não acompanho o ritmo da internet ou as tais redes sociais não me mostram o que preciso ouvir. Este novo trabalho do quinteto da paradisíaca e histórica cidade de Paraty saiu em outubro pela Balaclava Records e, se não fosse por minha curiosidade, talvez passasse em branco por aqui. Ainda bem que sou curioso.
O Supercordas continua sua viagem pelo universo psicodélico em Terceira terra, injetando em cada acorde uma boa dose de psilocibina, seja a sintetizada ou a do fungo que se encontra em belas manhãs orvalhadas pelos pastos de Zebú.
Mas nessa estrada que passa tanto pela modernidade quanto por heranças rurais o grupo cresceu, evoluiu, ampliou o espectro de seu caleidoscópio, abrindo espaço em meio ao surrealismo lisérgico para discussões sérias e indispensáveis sobre os rumos tortos de nosso Brasil varonil, ora de uma maneira poética, ora de uma forma direta.
Um álbum irrepreensível e definitivamente um dos melhores do ano.
Altamente recomendado!
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