
Já tinha ouvido falar do Teen Daze antes mas nunca havia escutado um álbum seu, provavelmente devido ao enorme fluxo de (des)informações que circula nesse caótico universo chamado internet. Absorve-se muita coisa – útil ou não – e perde-se outras tantas.
Então quando chegou a mim Morning world, o novo disco de Jamison, o homem por trás da banda, eu não tinha a menor ideia do que esperar e muito menos como compará-lo a seus três antecessores. E talvez seja melhor assim.
Pelo que li os trabalhos anteriores do Teen Daze foram construídos basicamente sobre pilares eletrônicos, entre drum machines e sintetizadores, flertando com a house music, o synth pop e afins. Adoro tudo isso, claro, mas definitivamente não é esse o conteúdo de Morning world. Confira:
A história é a seguinte: para gravar seu novo álbum Jamison saiu de seu quarto em Vancouver e foi até San Francisco para trabalhar com John Vanderslice (The Mountain Goats, St. Vincent, Spoon) em seu estúdio analógico Tiny Telephones. O resultado dessa parceria é um disco orgânico, guiado não pelos sintetizadores, mas por guitarras, pianos, cordas, belas harmonias vocais e com uma verve onírica e mais…roqueira.
Não, os synths não ficaram de fora, mas aqui funcionam como colaboradores, ajudando a expandir as possibilidades criativas ao invés de guiá-las. Se isso é bom ou ruim eu não sei; como disse não tenho base de comparação entre Morning world e os álbuns anteriores do Teen Daze, mas o clima introspectivo e melancólico deste disco me pegou de jeito. Se esse também for seu caso, chega mais.
Altamente recomendado!

