Talvez, apenas talvez, você não saiba que Thurston Joseph Michael Moore, ex-vocalista do Sonic Youth e um dos grandes expoentes quando se fala em experimentações com guitarra, tem uma longa carreira paralela a de sua banda embrionária.
Mesmo que essa carreira só tenha se tornado mais conhecida nos últimos tempos, desde os anos 90 Thurston vem gravando e lançando inúmeros discos, sempre acompanhado de amigos da pesada e inevitavelmente indo do barulho mais inaudível aos flertes com o quase pop. E desses flertes nasceu seu primeiro trabalho solo oficial, o clássico Psychic hearts.
Com os parceiros Steve Shelley na bateria e Tim Foljahn na segunda guitarra, Thurston fez nas 15 faixas do álbum uma grande homenagem às mulheres e ao feminismo – tema recorrente em suas composições no Sonic Youth -, especialmente a Yoko Ono e Patti Smith.
Musicalmente há, claro, momentos explicitamente experimentais (os quase 20 minutos de “Elegy for all the dead rockstars”, que encerra Psychic hearts), mas a grosso modo, como dito no segundo parágrafo, o disco caminha por estradas menos sinuosas, guiado pelo trabalho de guitarra, pela voz nasalada e preguiçosa de Mr. Moore e sim, pode-se dizer que é uma visão de sua face menos tempestuosa.
Essencial!