
E é chegada a hora de vocês, caros leitores, conhecerem os dez discos gringos preferidos pelo Pequenos Clássicos Perdidos no recém-falecido ano de 2014.
Como já foi dito no especial que listou os ‘melhores’ álbuns nacionais, no ano passado – como em todos os últimos anos e provavelmente como será nos vindouros – muita música rolou por aqui, mas uma quantidade ainda maior passou em branco. Na equação tempo X lançamentos o resultado é sempre desigual.
O produto final é bem enxuto, com apenas uma dezena de discos, bem diferente das enormes listas com 50, 100 ou 200 álbuns publicadas pela rede. Se por um lado fica a sensação de ‘deixamos alguém de fora’, o que prevalece é a sensação de servir a quem lê o PCP apenas o crème de la crème de tudo compartilhamos no blogue no decorrer dos últimos 365 dias.
Então é isso, amigos. Na sequência você encontra os 10 biscoitos internacionais prediletos da casa no ano de 2014, sem ordem de preferência, porque acreditamos na justiça.
***
Medicine – Home Everywhere

Home everywhere é ao mesmo tempo visceral e hipnótico, alternando – por vezes na mesma faixa – momentos calmos e oníricos com outros tempestuosos e absurdamente distorcidos. É shoegaze para os gazers, psych para os freaks, corrosivo para os barulhentos e assim por diante. Digo novamente: impressionante!… (Leia mais)
***
Sharon Van Etten – Are We There

Are we there é um disco apaixonado e intenso da primeira à última faixa, e em cada uma delas é possível sentir a entrega de Sharon, tanto nas composições quanto na execução das canções. A melancolia ainda parece ser sua força motriz; a dor de cotovelo permanece, mesmo com o passar dos anos. Ainda bem… (Leia mais)
***
The Raveonettes – Pe’ahi

Dois anos após pegar leve com Observator, a bela e (especialmente) a fera injetaram novamente o barulho de sua ‘juventude‘ em seu trabalho, e posso garantir: este não falta nas 10 faixas do álbum. Além dessa pesada carga de barulho, há espalhados no disco uma série de beats que, por vezes, lembram o que o Jesus and Mary Chain fazia lá em 92… (Leia mais)
***
Warpaint – Warpaint

Aqui elas mantêm o clima psicodélico e melancólico de seu debute, bem como a delicadeza e o ar enfumaçado; mas deixam (um pouco) de lado as referências pós-punk para ousarem mais ritmicamente, adicionando um certo groove às suas viagens oníricas, tornando faixas como “Hi”, “Feeling right” e “Disco/Very” um híbrido chapado de Dream pop e trip hop… (Leia mais)
***
The Bilinda Butchers – Heaven

As 13 faixas de Heaven, a despeito dos beats eletrônicos (e orgânicos) que as pontuam aqui e ali, são tranquilas como um mar sem ondas, onde se pode sentir a calma e silenciosa pulsação do oceano e olhar a imensidão do céu ao mesmo tempo. Dream pop belo como há muito eu não ouvia… (Leia mais)
***
Have A Nice Life – The Unnatural World

Se num universo paralelo Depeche Mode, Joy Division, Swans e My Bloody Valentine se juntassem para fazer a trilha sonora de algum filme realmente apocalíptico, o resultado seria próximo ao que a banda concentra nas oito faixas deste álbum. Não é pouca coisa, garanto… (Leia mais)
***
Cheatahs – Cheatahs

Cheatahs não é um trabalho inovador, mas catalisa toda uma época de maneira honesta, sem soar falsamente retrô ou nostálgico, e isso – especialmente em tempos de muita pose e pouca atitude – já basta… (Leia mais)
***
Death From Above 1979 – The Physical World

The physical world começa acelerado com “Cheap talk”, numa pegada à Gang of Four, e não reduz: riffs pesados, bateria alta, e mesmo a calmaria de “White is red” não suaviza o punch de seus quase 36 minutos. Um retorno triunfante desta dupla, pondo o rock nos eixos em tempos de pau molismo… (Leia mais)
***
Beck – Morning Phase

Influências, localidades e comparações à parte, Morning phase é um disco lento, melancólico, triste como uma dor de cotovelo e com (belíssimas) canções atmosféricas cunhadas entre o folk (mais) e o country (menos). Cai como uma luva para acompanhar corações partidos em momentos de solidão movidos à uma bebida bem forte… (Leia mais)
***
Run The Jewels – Run The Jewels 2

Com 11 faixas divididas em pouco menos de 40 minutos, 2 é, em uma palavra, pesado. Pesado nas bases graves e produzidas alguns níveis acima do convencional, pesado nas letras hardcore, pesado como deve ser um disco de rap… (Leia mais)
