1989/1990, mais ou menos. Um guri no começo da efervescente adolescência, perdido entre vários universos, começando a se descobrir e a descobrir a música que se embrenharia em seus genes e ajudaria a formar sua personalidade.
Aos poucos ele começava a ouvir rock. Não o rock farofa que rodava pelas rádios comerciais, e sim o rock que influenciou seus primeiros ídolos – Ira!, Legião Urbana e Violeta de Outono, basicamente. O menino descobria o rock inglês.
Entre um sem número de fitas cassete e alguns vinis, eis que um álbum em especial se torna seu disco de cabeceira. Era ‘apenas’ uma coletânea de mais uma banda recém-descoberta: The world won’t listen, dos Smiths; isso pouco ou nada dizia a ele, o que importava era pô-lo para rodar na vitrola da mãe, dançar meio sem saber como ao som de “There’s a light that never goes out” e sofrer – sofrer muito – ouvindo “Asleep”.
Com o tempo esse guri foi deixando a banda e o disco de lado, acreditando que em seus ainda rasos mergulhos pelo submundo do rock não havia mais espaço para canções pop como “Half a person”. Obviamente o mesmo tempo que os separou uniu-os novamente.
O menino hoje tem 41 anos. O disco acaba de completar 30. E eles nunca mais se separaram.
Faixas:
Panic
Ask
London
Bigmouth Strikes Again
Shakespeare’s Sister
There is a Light That Never Goes Out
Shoplifters of the World Unite
The Boy With The Thorn in His Side
Money Changes Everything
Asleep
Unloveable
Half a Person
Stretch Out and Wait
That Joke Isn’t Funny Anymore
Oscillate Wildly
You Just Haven’t Earned It Yet, Baby
Rubber Ring
Pingback: The Smiths – The Smiths (1984) | PEQUENOS CLÁSSICOS PERDIDOS