
Dean Spunt e Randy Randall não decepcionam! Juntos sob o nome No Age desde 2005, os californianos atiram uma pedra atrás da outra, e da coletânea Weirdo rippers (de 2007) até Everything in between (de 2010), não dá pra dizer ‘porra, lançaram um disco ruim/meia boca’.
E agora, 3 anos após seu último álbum, a história se repete e a dupla mais uma vez põe a casa abaixo com An object.
Lançado pela Sub Pop – com quem estão desde Nouns, de 2008 – em 20 de agosto, An object é um trabalho conceitual, calcado no processo de criação artístico, desde a composição musical até toda a parte gráfica. Isso, claro, é um resumo do release.
Porque Randall e Spunt não são puramente músicos. Os caras – herdeiros tanto de Ramones quanto de punks tortos como Wire e de barulhentos como Sonic Youth e My Bloody Valentine – são envolvidos com diversos tipos de arte multimídia e seus muitos conceitos nortearam a construção deste novo disco.
Detalhes cabeçudos à parte, An object traz 11 faixas divididas em meia hora, como um bom disco de punk; mas nessa meia hora a dupla experimenta com tanto barulho e baixa fidelidade que rotulá-lo ‘simplesmente’ como punk seria reduzir demais seu espectro.
E eu poderia dar voltas e mais voltas para tentar explicar como soa este álbum – e todos os outros do No Age – mas isso desperdiçaria o seu precioso tempo, tempo este que você pode ganhar ouvindo-o. Se precisar de um rótulo fácil, pode usar o do all music: dream punk.
Altamente recomendado!
