O quarteto sueco Exploding Boy é herdeiro da linhagem mais sombria do pós-punk, trazendo para os anos 2000 o que o Joy Division começou lá nos 70.
Diferente de outras bandas do revival pós-punk – Intepol e Editors, por exemplo – o Exploding Boy, como o White Lies, soa realmente cavernoso, dark, gótico até os ossos.
Assim são seus dois primeiros álbuns (o homônimo de 2007 e Afterglow, de 2009), e assim é seu novo registro, The Black Album (lançado via Ad Inexplorata em maio na Europa e em agosto nos EUA).
A faixa que abre o disco negro, “Human”, resume bem parte da história do álbum, com sintetizadores fazendo a cama para a voz ‘Curtiana’ de Johan, criando um clima gélido, desesperado; na sequência, “I Am truth” resume a outra parte da história, com guitarras em primeiro plano dando à música um ar de urgência.
Essa tensão entre sints e guitarras é uma das marcas de Black album, que apresenta também violões (“Loneliness”, “Talking back”) e tem linhas de baixo simples e marcadas.
No total são 10 músicas no disco, que se amarram e conversam muito bem entre si e servem como um panorama do que se faz no rock gótico do século XXI.
PS: Exploding Boy, pra quem não sabe, é uma canção do The Cure.