Quatro anos após o onírico In rainbows, o Radiohead está de volta às prateleiras (físicas e digitais) com um novo álbum e, bem, isso significa muita coisa além do lançamento de um álbum, vindo do Radiohead.

O bafafá sobre The king of limbs já vem rolando há tempos via internet, alimentado principalmente por posts no Twitter (deles e dos fãs): um show no Japão que mostraria em primeira mão as novas músicas, mas não aconteceu; a banda marcando o início das vendas digitais para 19/02, mas adiantando para o dia anterior; o vídeo insano de Lotus flower, com a ‘coreografia’ freak de Thom Yorke, e por aí vai.

Assim que o disco começou a ser vendido subiu para a rede, disponibilizado em inúmeros sites de download, e tão rápido quanto um vírus se espalhou mundo afora, gerando algumas críticas positivas, outras negativas e muitas onde era notável a falta de conhecimento de causa (ouvir 30 segundos de cada uma das 08 faixas do álbum não é suficiente).

The king of limbs – oitavo trabalho na carreira do grupo – foi produzido novamente por Nigel Godrich (que trabalha com os cinco de Oxford desde 1994), e novamente é o Radiohead mostrando porque cada um de seus discos é um acontecimento. Soa como um sono induzido por drogas, onde sonhos fluem inquietos, entrecortados por efeitos eletrônicos e pela voz fantasmagórica de Yorke.

Duas músicas do álbum podem ser chamadas realmente de canções, e emulam o Radiohead pré-Ok computer (“Codex”, com o piano à frente; e o violão de “Give up the ghost”), mas The king of limbs é mesmo uma continuação natural na estrada do Radiohead pós-Kid A, um emaranhado de fios tecidos como uma teia eletrônica onde estão presos os instrumentos ‘convencionais’.

E entre tantos e tantos artistas que pregam a experimentação como força criativa – por vezes em detrimento ao pop -, o Radiohead permanece como vanguarda, unindo essas experimentações a um senso pop que os coloca – há anos – como maior banda da terra.

A faixa preferida por aqui é “Morning mr. magpie”:

Recomendado!


6 respostas para “Radiohead – The King Of Limbs (2011)”.

  1. […] Com este split dá para tentar entender por onde a cabeça de Thom Yorke vagava durante as gravações de The king of limbs. […]

  2. […] a grande influência que o dubstep vem exercendo em produtores e músicos da Inglaterra (lembre de The king of limbs, do Radiohead e da colaboração entre Thom Yorke, Burial e Four […]

  3. […] The king of limbs, último álbum do Radiohead, nasceu pronto para ser remixado. […]

  4. […] Menção Honrosa Radiohead – The King Of Limbs […]

  5. […] do quinteto de Oxford, The daily mail/Staircase, traz duas faixas gravadas durante as sessões de King of limbs, e mais uma vez dá mostras de porque o Radiohead ‘É’ o […]

  6. […] todos eletrônicos agora. Por isso o álbum não é catártico como Kid A, não é sombrio como King of limbs; é Thom sem o Radiohead, com outros amigos, querendo se […]

Deixe um comentário