Será Régis Garcia a versão nacional, prolífica e bem humorada de Kevin Shields? O gaúcho, fundador e cérebro do sexteto The Sorry Shop, teve mais uma vez a manha de compor (com exceção às letras), executar, produzir, gravar, mixar e masterizar um disco que, dentro de sua proposta, é irrepreensível.

Um ano após (nos) encantar com Bloody, fuzzy, cozy, o guitarrista e sua trupe apresentam ao mundo seu segundo disco cheio, Mnemonic syncretism.

Boas histórias sobre os bastidores do álbum podem ser lidas – como sempre – no Floga-se, então basta dizer que Mnemonic syncretism foi feito por Régis (um cara chato pra cacete, numa auto-definição) mas com uma participação maior da banda.

Musicalmente, a impressão é de que durante o processo de gestação do álbum seu criador mergulhou de uma vez no mar de distorções do shoegaze. O viés mais pop e até certo ponto ensolarado de Bloody… deu lugar a uma carga maior de barulho, densidade e sombras; os vocais estão mais escondidos atrás da parede de guitarras, há uma predominância de canções mais lentas…mais ou menos como aconteceu com o My Bloody Valentine de Isn’t anything para Loveless . Com essas referências acho que não preciso dizer mais nada.

Só espero que a Sorry Shop não leve 20 anos para gravar outro disco.

Recomendado!


4 respostas para “The Sorry Shop – Mnemonic Syncretism (2013)”.

  1. […] O viés mais pop e até certo ponto ensolarado de Bloody… deu lugar a uma carga maior de barulho, densidade e sombras; os vocais estão mais escondidos atrás da parede de guitarras, há uma predominância de canções mais lentas…(Leia mais) […]

  2. […] Melhor banda shoegaze do Brasil e das melhores do planeta, os gaúchos da Sorry Shop irão (finalmente) lançar em 2017 o sucessor de Mnemonic syncretism. […]

Deixe um comentário