Quase no apagar das luzes de 2022 o Ride tirou da cartola, via Wichita (lar de gente como Cloud Nothings e Cheatahs), um mimo para seus fãs mais antigos e ao mesmo tempo uma forma de trazer à tona e apresentar aos novos adictos em shoegaze e cercanias seus primórdios.

4 EPs, como bem explica o nome, é um álbum que compila quatro dos tantos EPs da banda de Oxford, mas não quaisquer deles, e sim os primeiros, lançados em 1990 e 1991 entre os discos Nowhere e Going blank again (deixando de fora, infelizmente, Vapour trail e Leave them all behind).

A coleta traz na íntegra Ride (1990), Play (1990), Fall (1990) e Today forever (1991) e suas 16 canções não lançadas em álbuns oficiais, com Andy Bell, Mark Gardener e cia. no auge de sua juventude mesclando como ninguém as distorções e barulhos da era gazer original com a brisa psicodélica e sua herança jangly.

Uma oportunidade incrível de descobrir ou relembrar músicas foda mas pouco ou nada conhecidas como “Furthest sense” e “Perfect time” – ambas do EP Play – ou como no meu caso se sacudir ao som de “Chelsea girl” e “Taste”.

Quem comprar o CD (saindo por uma média de 70 lulindos mais o frete) leva ainda um livreto de 20 páginas com fotos de arquivo da banda. Pra quem ainda espera o momento em que os humilhados serão exaltados e não dispõe dessa grana, basta aumentar o volume, apertar o play logo abaixo e ser (muito) feliz.

‘Take me for a ride away from the places we have known
If I stay around I’ll just remember I’m alone
There’s someone in my memory making me move on
What was gray and hazy, it is black and white now I have gone…’

 

 

 

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