Creio que conheci o Dandy Warhols como a maioria dos mortais: através de “Not if you were the last junkie on earth”, semi-hit do disco The Dandy Warhols come down, de 97. Quem dava seus pulos pra se informar sobre música à época não tinha lá muitas fontes, mas descolava um jeito. Descobri (não me lembro como ou onde, talvez na Ilustrada, talvez no Garagem) que eram de Portland, que eram doidões nível 5 e que eram amigos de Anton Newcombe. Pronto, virei fã. Amigo de Newcombe é meu amigo, mesmo com as tretas entre ele e Courtney Taylor, vocalista dos Warhols. Enfim.

Descolei uma cópia do citado álbum dos caras, uns anos depois baixei o disco seguinte (o pequeno clássico Thirteen tales from urban boemia), e aí já com internet rápida fui atrás do debute deles, que até então não havia escutado. Ali entendi realmente porque falavam tanto em Velvet Underground como influência dos Dandys, saquei que aquele humor sarrista vinha desde os primórdios da banda – em faixas com títulos como “Lou weed”, “The coffee and tea wrecks” e “Grunge Betty” -, que eram bem mais barulhentos e psicodélicos em 95 e que, sim, soavam como a versão ianque e mais chapada do britpop. Dali em diante Dandys rule ok? se tornou meu álbum favorito dos álbuns que escutei de sua já longa e irregular discografia.

Caso você desconheça ou nunca tenha se interessado pelo Dandy Warhols pré-1997, aumente o volume, vá direto aos 16 minutos de “It’s a fast-driving rave-up with the Dandy Warhols sixteen minutes” e tenha uma boa viagem!

 

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