Há um milhão de anos, quando comecei a ir mais fundo nas catacumbas do gótico/pós-punk, um dos muitos sonhos de consumo era conseguir um disco do Minimal Compact. Puta que pariu! Mas isso era uma missão praticamente impossível, a não ser que:

A) Se fosse rico. Muito rico.
B) Se tivesse um amigo europeu.

Eu, que não me encaixava em nenhuma das duas alternativas, vim conseguir uma fitinha cassete de One by one, o primeiro álbum cheio deles, bastante tempo depois. E de Minimal compact, o primeiro maxi-single, MUITO tempo após descobrir a banda.

Hoje, graças à internet, compartilho com vocês os dois objetos de desejo da minha tenra juventude, compilados em único disco pelo mesmo selo belga Creammed que lançou os originais lá nos distantes 1981 e 1982.

 

 

Caso desconheçam a história do Minimal Compact, vai aqui um resumo: Samy Birnbach, Berry Sakharof e Malka Spigel formaram a banda na cidade de Tel Aviv, em Israel, 1981. Completamente tomados pelo pós-punk que varria a Europa, decidiram abandonar sua terra natal e partiram para Amsterdam, onde rapidamente se embrenharam na cena trevosa europeia e com a ajuda (especial) de Dick Polak, do Mecano, começaram pra valer sua carreira, que duraria até meados de 1988.

Sobre os dois discos: o buraco aqui, queridos amigos, é sombrio e cheio de elementos da música do oriente médio. Dessa mistura saem canções belas e exóticas como “Orkha Bamidbar (The Wandering Song)”, maravilhosamente simples como “It takes a lifetime” ou, na maioria dos casos, híbridas como “Invocation (For Things To Come)”. Em suma, o que temos aqui é uma das coisas mais originais e sem parâmetro de uma cena repleta de grupos originais e sem parâmetro. Ouça e ateste.

Essencial!

 


Uma resposta para “Minimal Compact – One + One By One (1981/1982)”.

  1. […] malucos) nunca foram lineares ou previsíveis e que eles estão, por assim dizer, mais próximos ao Minimal Compact que ao Red […]

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