Nem sei bem por onde começar um texto sobre Rock n roll consciousness, porque diferente dos analistas frios, técnicos e altamente profissionais que já escreveram a respeito do álbum e de seu autor, eu sou fã de Thurston Moore. Fã pra caralho, há tanto tempo que nem me lembro. E fãs são chatos, não servem para escrever sobre seus ídolos, porque invariavelmente perdem o filtro crítico.
Mas quem disse que este é um espaço para críticas?
Li uma entrevista com Thurston à época do lançamento do disco (abril, mais ou menos), onde ele falou bastante sobre sua vida atual e de como toda sua história refletia diretamente nas cinco longas canções presentes em Rock n roll consciousness. E se isso é verdade, só posso dizer que a passagem dos anos e onde eles o levaram lhe fez bem.
Porque este é um álbum tranquilo, até mesmo sereno, que flui sem picos de barulho eufórico ou espasmos punk como poderia se esperar de um ex-Sonic Youth. Pode-se chamar de velhice, se quiser; pode-se também fazer uma analogia do tipo ‘trocou a cerveja pelo vinho’ ou qualquer outra semelhante. Não importa.
O tempo, aquele que tudo destrói, vem sendo benéfico a Thurston Moore. E nós, os fãs, agradecemos.
Recomendado!