Juro que ia escrever um textão sobre Vivendo e não aprendendo, cheio de informações relevantes, com bastante pesquisa, detalhes técnicos, curiosidades, análises e outras baboseiras jornalísticas. Mas caralho, apertei o play, todos os planos foram por água abaixo e o que sobrou vocês vão ter ler logo abaixo. Ou não, como diria o baiano.

Junto com Dois (da Legião), Cabeça Dinossauro (dos Titãs) e o primeiro do Violeta de Outono, este disco é um dos pilares da minha educação; não só a musical, mas intelectual, sentimental, tipo formador de caráter mesmo. Devo tanto às incontáveis tardes ouvindo suas 10 músicas, à cantar “Dias de luta” junto com os amigos, à dançar “Vitrine viva” nas festinhas que porra! Depois vieram Joy Division, Sonic Youth e tudo mais, mas antes teve o ginásio, as primeiras garotas, os primeiros livros ‘pra valer’, as primeiras ideologias e discussões, tentativas de grêmio estudantil, fanzines, poemas e rebeldias.

Fechar os olhos e ouvir os primeiros acordes de “Envelheço na cidade” é como voltar no tempo, não porque Vivendo e não aprendendo soe datado, aliás isso é o que menos importa aqui. Impossível conciliar razão e emoção neste caso, impossível fazer uma reflexão fria sobre os pouco mais de 30 minutos do álbum, seus riffs e letras, impossível ao menos pra mim. Porque quando me sinto assim, volto a ter 15 anos…

 


3 respostas para “Ira! Vivendo E Não Aprendendo (1986)”.

  1. […] que rodava pelas rádios comerciais, e sim o rock que influenciou seus primeiros ídolos – Ira!, Legião Urbana e Violeta de Outono, basicamente. O menino descobria o rock […]

  2. Pena Schmidt

    Lendo isto volto aos meus 35 anos!

    1. quem tem história é outro papo rs

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