
Aparentemente, pelo que se lê na rede, Costa do Marfim, o novo álbum dos gaúchos Cachorro Grande, não agradou muito aos fãs – ou ao menos não aos fãs (jornalistas?) que encontraram canais para escrever sobre o dito.
Numa leitura rasteira pela rede, se vê argumentos como ‘se perderam’, ‘mudança descabida’, ‘onde está o rock?’ ou afins. Eu, como não sou nem jornalista nem fã dos caras, adorei o disco e a guinada na sua sonoridade. Ouça abaixo:
Produzido pelo lendário Edu K (do De Falla), Costa do Marfim surgiu após uma tour do Cachorro Grande pelo país africano que dá nome ao álbum, e se anteriormente eles já vinham flertando com outras brisas (em especial o madchester), agora oficializaram a relação.
Recheado de elementos eletrônicos e coberto por uma camada adocicada de psicodelia, o disco de 11 faixas é uma trip pelo rock extasiado que fazia a cabeça da molecada lá no começo dos anos 90. Primal Scream é outra (ótima) referência aqui.
Enfim, escutando este álbum dá pra sacar o quanto algumas experiências podem ser produtivas para músicos (e seres humanos em geral); se você discorda pode continuar ouvindo os trabalhos anteriores da banda e vivendo preso às amarras do “Eu não vou mudar”, que aliás é o nome de uma das faixas de Costa do Marfim. Caso contrário, vá até “Torpor (partes 2 & 5)”, e tente segurar a trip.
Recomendado!

