Nem Dark side of the moon, nem The wall, nem qualquer outro disco do Pink Floyd importa. Ok, eles têm grande importância musical, histórica e a puta que o pariu mas o que importa verdadeiramente na discografia da banda londrina é The piper at the gates of dawn, seu primeiro álbum e único registro com o chapeleiro louco Syd Barrett.
Óbvio que essa é uma questão pessoal, mas esse é a razão decisiva pra qualquer escolha, não é? O fato é que Pipers saiu há exatos 50 anos atrás, em 05 de agosto de 67, e dentre todos as estrelas que brilharam carregadas de LSD no mesmo ano (pense em discos de Beatles, Hendrix, Jefferson Airplane, Doors, 13th Floor Elevators e uma caralhada de outros artistas), ele é o que leva a ideia de psicodelia ao nível mais alto.
Duvida? Não vou citar razões técnicas, apenas experimente colocá-lo para tocar no momento exato em que aquele arrepio percorre a espinha dorsal; “Astronomy domine” vai abrir seus sentidos, e a cada faixa do álbum sua consciência vai se expandindo, suas pupilas se dilatando e seus miolos derretendo. Ao final dos 42 minutos nada mais será como antes. E isso é conhecimento de causa, acreditem.
Mas palavras não explicam sensações. Afinal, ‘That cat’s something I can’t explain…’
Faixas:
Astronomy Domine
Lucifer Sam
Matilda Mother
Flaming
Pow R. Toc H.
Take Up Thy Stethoscope and Walk
Interstellar Overdrive
The Gnome
Chapter 24
The Scarecrow
Bike