Já faz tempo que venho maturando um texto sobre o disco de estreia das londrinas Savages, mas por falta de tempo – tanto para ouvir com a devida calma quanto para escrever sobre – Silence yourself quase foi relegado ao esquecimento. Quase.

Porque graças a uma pausa muito bem vinda na última semana consegui enfim dedicar um tempo a este álbum e escutá-lo como ele merece, em alto e bom som. O resultado?

Diz o ditado que toda unanimidade é burra, então no que diz respeito à Silence yourself – lançado em maio pela Matador – me incluo entre os burros; não vi em lugar algum uma crítica negativa a este debute das Savages, e não serei eu o primeiro a gongá-lo.

 

 

De todas as bandas revivalistas do pós-punk, esta é sem dúvida uma das que melhor capturou os sentimentos de angústia e urgência de 30 anos atrás para transformá-los em algo visceral, tenso, constantemente prestes a explodir. E com cara de novo.

Mesmo que haja nas 11 faixas do disco uma porção de referências facilmente distinguíveis – o poder de fogo de mulheres como Siouxsie e PJ Harvey; os ritmos fraturados e as distorções de guitarra (à Daniel Ash) do Bauhaus; a performance de palco da vocalista Jehnny Beth encarnando Ian Curtis – Silence yourself não se parece com uma viagem no tempo com cheiro de naftalina. E talvez por dar esse ‘refresh’ em suas boas influências o Savages tenha caído nas graças do público e da crítica.

Enfim, um álbum intenso, provocativo, agressivo, pulsante…selvagem! Consiga sua cópia e ouça o mais alto possível.

Altamente recomendado!


4 respostas para “Savages – Silence Yourself (2013)”.

  1. […] meninas do Savages – autoras de um dos melhores discos deste ano – sobre o palco numa apresentação recente e, como sempre, […]

  2. […] Gravadora: Matador Gênero: Rock/Pós-Punk Texto: Resenha do Pequenos Clássicos Perdidos […]

  3. […] De todas as bandas revivalistas do pós-punk, esta é sem dúvida a que melhor capturou os sentimentos de angústia e urgência de 30 anos atrás para transformá-los em algo visceral, tenso, constantemente prestes a explodir…(Leia mais) […]

  4. […] poderoso quanto este. Adore life é a resposta das londrinas ao amor recebido desde que lançaram Silence yourself, em 2013; claro, não é um disco com florzinhas de gratidão espalhadas pela capa e nem traz […]

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