Já faz tempo que venho maturando um texto sobre o disco de estreia das londrinas Savages, mas por falta de tempo – tanto para ouvir com a devida calma quanto para escrever sobre – Silence yourself quase foi relegado ao esquecimento. Quase.
Porque graças a uma pausa muito bem vinda na última semana consegui enfim dedicar um tempo a este álbum e escutá-lo como ele merece, em alto e bom som. O resultado?
Diz o ditado que toda unanimidade é burra, então no que diz respeito à Silence yourself – lançado em maio pela Matador – me incluo entre os burros; não vi em lugar algum uma crítica negativa a este debute do Savages, e não serei eu o primeiro a gongá-lo.
De todas as bandas revivalistas do pós-punk, esta é sem dúvida a que melhor capturou os sentimentos de angústia e urgência de 30 anos atrás para transformá-los em algo visceral, tenso, constantemente prestes a explodir. E com cara de novo.
Mesmo que haja nas 11 faixas do disco uma porção de referências facilmente distinguíveis – o poder de fogo de mulheres como Siouxsie e PJ Harvey; os ritmos fraturados e as distorções de guitarra (à Daniel Ash) do Bauhaus; a performance de palco da vocalista Jehnny Beth encarnando Ian Curtis – Silence yourself não se parece com uma viagem no tempo com cheiro de naftalina. E talvez por dar esse ‘refresh’ em suas boas influências o Savages tenha caído nas graças do público e da crítica.
Enfim, um álbum intenso, provocativo, agressivo, pulsante…selvagem! Consiga sua cópia e ouça o mais alto possível.
Altamente recomendado!
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