O neozelandês Ruban Nielson havia pensado em deixar a música ao se mudar de sua terra natal para Portland, nos EUA. Antes à frente do Mint Chicks, o sujeito foi para a terra do Tio Sam a fim de arranjar um emprego ‘digno’, mas após começar a fazer umas colagens caseiras utilizando samples, lá estava ele de volta à música. Mais ou menos assim nasceu o Unknown Mortal Orchestra.
Em 2011 Nielson saiu do porão de sua casa direto para a Fat Possum Records, que lançou o primeiro e homônimo álbum da banda (de um homem só); e agora no início de 2013 é a vez da Jagjaguwar por no mercado um trabalho do Unknown Mortal Orchestra, com o título super original de II.
Lançado em 05 de fevereiro, o álbum mostra um certo amadurecimento de Nielson, mas não difere tanto de seu antecessor, soando mais como uma continuidade. Os falsetos à cantor de r&b – que lembram alguns momentos inspirados de Beck – continuam por aqui; aliás r&b e funk são partes essenciais da salada musical do UMO, que traz também garage rock e psicodelia dos anos 70 para 2013.
II parece mais melancólico – e menos lo-fi, mas nem tanto – que o debute do (agora) trio, mas é justamente num momento mais animado que a banda cometeu uma das melhores faixas do ano até agora, a deliciosa “Faded in the morning”.
O Unknown Mortal Orchestra conseguiu por em sua bagagem mais um bom trabalho com este II, e Nielson tem tudo para se afirmar como um nome a ser notado nessa nova safra de artistas. Mas vale pra ele – e pra tantos outros – o conselho d’Os Mutantes: “Não vá se perder por aí”.
Recomendado!