O quinteto londrino TOY surgiu em 2010, ou seja, entre Primary colours (2009) e Skying (2011), os dois últimos discos dos também ingleses The Horrors, e me parece certo dizer que isso não é uma coincidência: eles são os primeiros filhos registrados de Faris Badwan (o Cat’s Eyes não conta, já que É um projeto de Badwan).
Para provar por A + B essa teoria sobre a paternidade do TOY, basta ouvir seu primeiro, homônimo e incensado álbum, lançado no último dia 03 (de setembro) via Heavenly Recordings.
Em primeiro lugar, é bom avisar que o ‘incensado’ logo acima não é depreciativo. TOY, o disco, vale cada palavra usada para elogiá-lo desde que saiu.
Nele a jovem banda casou com perfeição uma porção generosa de referências, de shoegaze a kraut rock, de melodias pop à psicodelia, tudo envolto por um ar ao mesmo tempo chapado, sombrio e por vezes melancólico. Mas que essa descrição lembra alguém não há dúvidas, né?
O que faz do TOY uma banda bacana é que eles, como todos bons filhos, não são uma cópia exata de seus pais. Guardam as mesmas características genéticas do Horrors – no caso esse prisma musical usado como base para construir seu debute – mas são menos barulhentos, mais oníricos e bebem mais da fonte kraut.
De qualquer forma é cedo para se tecer qualquer opinião concreta sobre a banda ou para se fazer apostas sobre como será seu futuro. O certo é que o TOY estreou muito bem, com um disco que apesar de não apresentar ao mundo nada de novo – coisa extremamente rara nos últimos sei lá quantos anos – também não decepciona.
Recomendo.
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