Nascido em 2004, o Fóssil é um quinteto vindo do Ceará que chega em 2012 a seu terceiro álbum e a uma nova etapa em sua estrada, residindo agora na capital paulistana.
Mocumentário, seu novo trabalho, sai com o selo de qualidade da Sinewave e segundo o release de Vitor Colares, guitarrista da banda, é justamente uma coleção de pequenas histórias sobre as diferentes jornadas do ser humano.
“Aéropostale”
Essas histórias, no caso, são contadas sem a necessidade de palavras.”Aéropostale”, por exemplo, é o nome da pioneira empresa francesa de aviação que ainda nos 20 ligava a região ao Brasil e da qual Antoine de Saint-Exupéry (sim o autor do “Pequeno Príncipe”) foi aviador.
Cada uma das canções é assim: trazem na forte base instrumental do pós-rock a forma que os membros do Fóssil encontraram para narrar, de acordo com as sensações propiciadas por cada uma delas, uma diferente experiência. O elo de ligação é a busca, não o encontro.
Mas dizer que Mocumentário é 100% instrumental seria uma meia verdade. “Lençóis”, “Marraquexe” e “Trip-charme” trazem textos escritos por Natércia Pontes e pelo próprio Vitor e interpretados por Elisa Porto. Mas são apenas fragmentos dessa jornada sem voz, importantes, mas pouco visíveis.
“O inventor”, composta no Dia do Inventor (04/11) durante um ensaio
Essas histórias contadas pelo Fóssil em Mocumentário são bem amarradas, e, ao contrário de muitas outras histórias instrumentais, não dão sono. O disco não é moroso ou morno, nem exageradamente técnico, e gira mais em torno de sentimentos e experimentações livres que de virtuosismo. Ainda bem!
Para baixar o álbum, gratuitamente, basta apontar o mouse aqui.
Recomendo!
“Lençóis”, com um pequeno haicai no final
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