A cena musical conhecida como no wave foi de onde emergiram, entre tantos outros, Thurston Moore, Lee Ranaldo e cia. do Sonic Youth. Das experimentações com sinfonias de guitarra de Glenn Branca até “Kill your idols”, foi um pulo. Ou uma distorção. Ou uma afinação estranha. Enfim…
O negócio é que a parte mais experimental e cabeçuda desse fértil período para malucos foi compilada por Brian Eno em 78 sob o nome No new wave, e outra parte, essa dos anos 80, foi retratada em outra compilação, do selo ZE Records, sob o nome N.Y No wave.
Ouvir este álbum é entender de onde vieram Rapture e outras tantas bandas que durante a primeira década dos anos 2000 ‘criou’ o chamado disco-punk, que nada mais é que uma releitura do que se fazia nos buracos de Nova York do final dos 70’s até os 80’s.
Há nomes mais conhecidos, como os insanos Lydia Lunch e Suicide, e outros tão influentes quanto mas menos …hmmm… ‘famosos’ (Teenage Jesus & The Jerks, Mars, etc). São ao todo 22 faixas que por muitos momentos beiram a insanidade; algumas ultra-experimentais, outras com uma pegada mais dançante, outras ainda puxadas para o pós-punk/gótico, e outras simplesmente inclassificáveis.
Vale uma orelhada carinhosa.
Recomendo!