
Sabe quando já estamos acostumados a fazer uma coisa e pensamos duas vezes antes de mudar? Assim tá pra mim Ringo 2012, novo álbum do ex-Beatle Ringo Starr.
Letras positivas, melodias pegajosas e animadas ao melhor estilo trilha sonora de seriado americano, compreendem? Ringo está com a auto-estima elevada mesmo que ele próprio nunca tivesse do que reclamar.
Começamos aqui com a introdução de “Glass onion”, do álbum branco dos Beatles:
Ops, acho que parte de nós já ouviu isso antes, não?
Eu li num site de música que o disco mais parece uma olhada para o passado através de óculos cor-de-rosa, numa evidente comparação com a fase iniciada pelos Beatles em 67 com o Sgt. peppers lonely hearts club band.
Quem for ouvinte da banda, vai perceber que as canções de Ringo 2012 parecem com “Getting better” do famoso álbum citado.
Agora a versão dele para “Think it over”, do Buddy Holly:
E é assim pelas 9 faixas que compõem o álbum. Novidades além de trazer Holly da tumba, talvez sejam os detalhes técnicos: ele trabalha com Glen Ballard – que costumava ajudar Alanis Morissette em seus discos – e Joe Walsh, seu cunhado. Além de tocar bateria, guitarra, teclados e percussão.
Dá pra curtir por um instante; tudo está redondo e parece se encaixar. Mesmo que Ringo não tenha sido tão virtuoso como baterista tal como Keith Moon e John Bonham, mas fica aqui o registro de um disco bem feito.
Esse bem pode ser o jeito que ele encontrou pra matar a saudade da boa fase dos Fab Four. Só que a vida continua, né Ringo?
