Eles surgiram e logo foram chamados de cópia (barata) do Weezer, de ‘one hit wonder’, disso e daquilo. É, as coisas não foram fáceis para o Nada Surf à época de High/Low, seu disco de estreia lançado lá em 96, e o sucesso inesperado de “Popular” não deve ter tornado o caminho mais suave. Enfim.
Voltando ao início do texto, à julgar pela discografia das duas bandas (Nada Surf e Weezer), posso dizer que acho o trio nova iorquino bem superior à banda de Rivers Cuomo e cia, que não fez nada de bom após Pinkerton. E realmente o Nada Surf só teve um sucesso em sua carreira. Ainda bem.
“Popular”, o ‘one hit’ do Nada Surf
Após um disco de côveres bem bacana (If I had a hi-fi, de 2010), O Nada Surf retorna com o primeiro disco de inéditas desde o também bacana Lucky, chamado The stars are indifferent to astronomy.
O álbum saiu pela City Slang, e segundo o vocalista Mathew Caws traz a banda menos meticulosa e tentando resgatar a energia e intensidade das apresentações ao vivo que acabavam diminuindo nas sessões de estúdio.
Negócio é que o Nada Surf fez em The stars…(o nome do disco vem de uma frase que o pai de Caws adorava) o que sabe fazer: riffs simples, harmonias vocais, cozinha básica e direta. Do punch que abre o ábum em “Clear eye clouded mind” à nostalgia adolescente de “When I was young” e com exceção ao trompete em “Let the fight do the fighting”, tudo gira em torno de baixo, bateria e guitarra, sem firulas e com aquela pegada pop que funciona tão bem com o Nada Surf.
Em resumo, a impressão é de que a banda hoje é indiferente aos apelos do mainstream e do underground, e apenas toca por prazer e amor à música (e a seus fãs).
Se para você – como para mim – isso basta, pode colocar The stars are indifferent to astronomy para rodar no seu player que a satisfação será garantida.
Recomendado!
P.S: O álbum está disponível para audição em streaming no site NPR.
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