Richard Fearless é velho conhecido de quem acompanhou a cena alternativa da década de 90 em diante. Sempre à frente do Death In Vegas, o inglês lançou dois ótimos discos (The contino sessions, de 99; e Scorpio rising, de 2003), e após sete anos sem material inédito, retornou em setembro último com um novo trabalho, Trans-Love energies.

O longo intervalo parece ter servido a Fearless como parada para abastecimento criativo. Trans-Love é tudo que o Death In Vegas tem de melhor reunido em 10 faixas.

O álbum vai do space rock (“Silver time machine”) ao shoegaze (“Black hole”); do house arrastado e infectado até os ossos pela disco (“Your loft my acid”, com os vocais de Katie Stelmanis, do Austra) à coldwave/synth pop oitentista (“Witchdance”). Traz também referências ao kraut rock, ao pós-punk (juntos em “Coum” e “Scissors”), tudo encoberto por um ar sombrio. Enfim, é um disco literalmente multi facetado.

E para tornar tudo ainda mais interessante, Trans-Love energies (que saiu pela Portobello Records) tem também uma versão deluxe (só em CD), com remixes poderosos, versões instrumentais e tracks inéditas – que mereceria uma resenha própria. (Abaixo, as duas versões de “Medication”; primeiro a original de depois o remix).

As diferentes influências de Richard Fearless estão espalhadas de forma heterogênea por este novo trabalho do Death In Vegas, e é justamente essa falta de barreiras ou de um padrão estético que torna Trans-Love energies um álbum tão rico e deslumbrante.

Recomendado!


Uma resposta para “Death In Vegas – Trans-Love Energies (2011)”.

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