Scott Cortez é uma figura carimbada para quem se liga em shoegaze/noise/drone/dream pop ou qualquer outra denominação do rock ensurdecedor onde melodias são substituídas por distorções.

Ao lado de Melissa Arpin montou o Loveliescrushing nos anos 90, e nos anos 2000 – ainda movido à barulho – assumiu a alcunha Astrobrite e assim lançou dois discos (Crush, de 2001 e Pinkshiny Ultrablast, de 2005 – que passou pela antiga e assassinada versão do P.C.P).

Após um hiato de 6 anos, Cortez está de volta – não com outro disco de inéditas – mas com um apanhado de (anti) canções gravadas por ele entre 1994 e 1998, reunidas no álbum Boombox Supernova.

Essas tais 11 faixas são um mergulho muito, mas muito profundo no oceano do shoegaze mais etéreo, de guitarras densas, borradas por efeitos, quase descoladas da realidade.

Não há espaço em Boombox Supernova para nada que se assemelhe a uma canção como estamos acostumados. Como referência, basta dizer o seguinte: pegue os momentos mais drone de Loveless – que serve como base para qualquer comparação quando o assunto é shoegaze – e você terá um resultado aproximado do que se ouve aqui.

Uma tempestade elétrica carregada de fuzz, recomendada apenas para quem não tem medo do desconhecido.


2 respostas para “Astrobrite – Boombox Supernova (2011)”.

  1. Amo o Scott, amo essa banda e esse disco está fantástico. Seu texto disse tudo!

    Parabéns pelo blog!

Deixar mensagem para fabiobridges Cancelar resposta