Marcelo Jeneci é um dos novos e talentosos artistas paulistanos (o cara é da ZL, mais exatamente de Guaianases) a engrossar o caldo na nova música brasileira, aqui batizada de MPB 2.0.
Feito pra acabar, lançado no finalzinho de 2010 via Som Livre, é seu álbum de estreia, e foi destaque em diversas listas e publicações especializadas – ou não – em música. E não é pra menos.
O debut de MJ é – como vem acontecendo com alguns outros discos nacionais nos últimos tempos, graças aos deuses – uma grande panela onde se misturam diversas referências, fugindo do óbvio. É pop, é indie, tem balada brega no melhor estilo Cidadão Instigado – ou Roberto Carlos, Odair José, Antonio Marcos, etc – em “Quarto de dormir”, rock (“Copo d’água”) e belas e simples canções (“Felicidade”, o acordeão em “Pra sonhar”). Os arranjos são preciosos, os vocais precisos e as letras inteligentes sem serem pedantes ou pretensiosas.
Produzido pelo grande Kassin, Feito pra acabar traz alguns convidados de luxo: Arnaldão Antunes e Luiz Tatit dividem com Jeneci algumas composições; e a banda que o acompanhou nas gravações tem Curumim, Regis Damasceno e Edgar Scandurra, além da cantora Laura Laviere.
Junte tudo isso e você tem um grande álbum, com 13 faixas que atualmente representam o creme da música tupiniquim.
Recomendado!
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