
A niteroiense radicada em São Paulo Bárbara Eugênia é representante da música brasileira moderna – contemporânea, se preferirem – e uma de suas melhores vozes e mais criativas mentes.
Conhecida na cena desde que gravou duas canções para a trilha sonora do filme O cheiro do ralo, a moça também emprestou a voz ao grupo 3NaMassa e ao projeto de Edgar Scandurra de releituras de clássicos da música francesa.
No ano passado a Tratore passou a distribuir seu primeiro trabalho solo, o independente Journal de BAD (ou literalmente diário da BAD, que é o apelido da cantora).
O disco foi produzido por Junior Boca e Dustan Gallas, traz uma série de convidados especiais (Scandurra, Tom Zé – que empresta a voz na côver de um de seus maiores clássicos, “Dor e dor” -, Fernando Catatau, entre outros) e é um álbum nitidamente autoral, variando de acordo com o momento (humor), indo da melancolia à chapação, do rock ao clima de cabaré francês, com cara de Brasil mas espírito universal.
Guitarras psicodélicas e ecos marcam canções que poderiam estar no repertório de cantores de ‘mpb clássica’, e o romantismo se une a pequenos experimentalismos criando uma sonoridade sutil e ao mesmo tempo visceral.
Journal de BAD é mais um disco da nova safra de música brasileira que foge do óbvio, e acrescenta um novo nome à lista de preferidos do PCP: Bárbara Eugênia.
Recomendo!
