Em 2021, comemorando os 30 anos do mais-que-clássico Screamadelica e obviamente buscando uns trocos em época pandêmica, o Primal Scream despejou no mercado duas compilações para celebrar e retratar aquele distante 1991.

The Screamadelica 12″ singles e Demodelica saíram pela Sony respectivamente em setembro e outubro para, cada um a sua maneira, jogar ainda mais luz sobre o já iluminado Screamadelica, revelando duas faces diferentes do álbum; uma pouco e outra nada conhecida.

 

 

A primeira das coletâneas traz na íntegra os 6 singles retirados do disco – “Loaded”, “Come together”, “Higher than the sun”, “Don’t fight it, feel it”, “Movin’ on up” e “Shine like stars” – já manjados por fãs hardcore, diggers e curiosos que há tempos sacaram por exemplo a versão dos Screams para “Ramblin’ rose” do MC5 (lado b do single “Loaded”) ou a longa trip “Screamadelica”, faixa que curiosamente não entrou no álbum que batizou e só saiu no single “Movin’ on up”.

Já a segunda compilação é um pequeno tesouro que permaneceu enterrado por três décadas: Demodelica veio mostrar ao mundo as versões cruas/inacabadas/alternativas/etc de canções que viriam a compor o divisor de águas na carreira da banda escocesa e um dos marcos da música contemporânea.

 

 

Faixas que se tornariam hinos de uma geração após passarem pelas mãos de Andrew Weatherall, The Orb e Jimmy Miller aqui aparecem sem os vocais de Bobby Gillespie (ou calcadas apenas em sua voz e guitarra), em clima de jam session derretida, mescladas a outras canções (“Don’t fight it, feel it” misturada a “Hey bulldog”, dos Beatles), sem a letra pronta e por aí afora.

Se você passou batido por estes álbuns – em especial o segundo – quando saíram, agora é a hora de entender como era/estava o Primal Scream no olho do furacão que eles mesmos criaram.

Boa viage


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