Já falei isso por aqui antes, mas vou repetir: uma das coisas mais bacanas em ser adicto em música é ir destrinchando histórias de discos e bandas e descobrir ligações que levam a outros discos e bandas por vezes nascidos do mesmo útero. Assim cheguei a um cara chamado Mario Hernandez e a um de seus tantos projetos, o Ciao Bella.

Meia década antes de debutar com 1, álbum que roda agora em nossa vitrola virtual, ele e a outra metade da banda, seu amigo de juventude Jamie McCormick, lançaram um single sob o alias Teeny Hi-Fi; nos anos seguintes seguiram trabalhando juntos e em 97, já com o novo nome, a dupla pôs no mundo via March Records (lar de, entre outros, o querido Bunnygrunt) seu primeiro e único disco cheio.

1 é o pop psicodélico dos anos sessenta remodelado e devidamente encapsulado no rock de guitarras dos 90’s. Parte da mesma safra que trouxe ao mundo, por exemplo, Fun trick noise maker do Apples in Stereo, é difícil escutá-lo e não pensar nele e em seus autores como parte do cast da Elephant 6, mas como a March também segue por este caminho de tijolos coloridos, tá tudo em casa.

No álbum há harmonias vocais a Beatles, mas também os riffs carregados de distorção característicos das guitar bands da época (“Sink” e “Party song” talvez expliquem melhor que minhas palavras). Muitas bandas tentaram realizar esta equação, poucas conseguiram não soar como pastiche, e destas recomendo uma audição carinhosa do Ciao Bella e este seu filho único.

PS: Qualquer dia desses volto aqui para falar de Hernandez, seja com o From Bubblegum To Sky ou com o Kids On a Crime Spree, que me levou a ele e nos trouxe até aqui. Até la!

 

 

No spotifail

 

 


Uma resposta para “Ciao Bella – 1 (1997)”.

  1. […] Iorque, especialmente as produções de Phil Spector e a música das girl groups. Após o fim do Ciao Bela e depois do From Bubblegum To Sky, o sujeito estava em Estocolmo quando um amigo lhe apresentou o […]

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