Eles surgiram em Washington no ano de 1989 e em 1991 já estavam separados. Não gravaram um único disco, apenas algumas faixas espalhadas em três singles, sendo que o último deles só viu a luz do dia quando a banda não existia mais.

Então por que diabos o Black Tambourine é tão influente?

Simples, caro leitor. Realize comigo: nessas tais canções que Pam Berry, Archie Moore (do Velocity Girl), Brian Nelson e o ex-Whorl Mike Schulman registraram durante sua curta vida conseguiram misturar girl groups e Phil Spector, Jesus and Mary Chain e C-86, shoegaze, Pastels e Ramones em doses desiguais e fazer disso tudo uma coisa barulhenta e ao mesmo tempo melódica que a mídia especializada chama de noise pop. Isso sem contar que deles, mais especificamente de Schulman, nasceu a seminal Slumberland Records.

E essa mesma Slumberland que foi fundada junto ao Black Tambourine e pôs no mercado os citados singles da banda, lançou duas coletâneas preciosas que reúnem tudo que o quarteto fez enquanto esteve junto, Complete recordings (1999) – onde os descobri – e Black Tambourine, de 2010, que roda por aqui agora.

E aí, querido leitor, ao apertar o play em “For ex-lovers only” e seguir adiante fica (ainda mais) fácil entender e responder a pergunta do segundo parágrafo deste pequeno texto. Drop Nineteens, Crocodiles, Dum Dum Girls, Wavves, Pains of Being Pure at Heart, Ringo Deathstar, Say Sue Me, Alvvays, Vivian Girls, Best Coast, Raveonettes, No Joy, B.R.M.C, Frankie Rose, Tamaryn e mais uma porção gigantesca de bandas e artistas vêm desde os anos 90 bebendo da eterna fonte da juventude sonora criada pelo Black Tambourine.

Então caso os desconheça, é hora de descobrí-los. Caso já os saque, chegou a hora de relembrar porque são tão foda.

Ouça no talo!

 


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