Em outubro de 68 Caetano, Gil e Os Mutantes foram chamados para uma temporada de shows na boate carioca Sucata, e obviamente o bagulho desandou. Era a plena efervescência tropicalista, pós-maio em Paris, a ditadura e o AI-5 por aqui, ácidos comendo cérebros, happenings artísticos, violência do estado, tudo ao mesmo tempo, o caos.
Há histórias surreais sobre essas apresentações: Gil e Caê teriam tripudiado sobre a letra do hino nacional e por isso o cancelamento da tour seguido do exílio da dupla; uma mulher que bradava contra o show na sequência teria subido no palco, protagonizado cenas quentes com seu companheiro para depois voltar e começar a gritar ‘bicha’ para Gil – o que depois se tornaria um coro da plateia ensandecida. Aliás, em meio a essas e outras histórias, há uma sobre a divisão do público entre os entusiastas da ‘MPB pura’, que vaiavam a cada acorde de guitarra, e os doidões psicodélicos que queriam mais é ver a loucura tomar conta.
E loucura não falta no registro das 4 músicas de um desse shows que foram reunidas num compacto com Os Mutantes e Caetano apresentando “A voz do morto”, “Baby”, “Saudosismo” e “Marcianita”. Gritos, espasmos elétricos de fuzz em meio à batida da bossa, chapações diversas e improvisos, ‘muita kriptonita no ar, verde e vermelha também. Mas deus está solto’. E no fim de tudo um discreto ‘uau’ de Rita Lee.
Histórico!
Olá Fabio, tudo bem? Este disco foi lançado em 1968? Onde encontrá-lo? Um abraço, Isabella
Oi Isabella. Aqui tudo bem, e por aí?
Olha, vou ter que checar essa informação, porque francamente não sei em que ano saiu e quantas cópias foram prensadas.
Te respondo assim que descobrir 😉
Olá Fábio, por aqui tudo bem também. Muito obrigada pelo retorno. Aguardo entao novidades. Um abraço, Isabella
Oiê. Saiu em 68 mesmo, pela Philips. Achei uma cópia original no discos, por fuckin 1000 reais. É artigo raro
Estou procurando esse LP pra comprar
Olá! Sou um dos felizardos que tem uma dessas cópias. A capa que tenho não é a original, é um fac simile, mas o disquinho, um tesouro! Sou muito entusiasta dessa época. Comprei esse pequeno tesouro em 2015, pela quantia de 500 reais, pelo mercado livre. Não pretendo me desfazer, por algo que não seja uma quantia significativa. Afinal, essa raridade não tem preço. E a cada ano que se distancia de 1968, o disco ganha mais status de raridade.