
Quanto mais ouço o novo disco do Warpaint e as vejo tocando pelos palcos do mundo através da grande televisão de cachorro dos viciados em música que é a internet, mas me convenço de que elas adoram estar juntas.
Heads up, quarto disco das meninas da cidade dos anjos, saiu em setembro via Rough Trade e tem um clima de celebração, como se após os projetos nos quais se empenharam na sequência do lançamento e tour de Warpaint (2014) elas não vissem a hora de se reencontrar, fumar um baseado e tocar juntas de novo.
O groove hipnótico e narcotizante de “Whiteout”, primeira do novo álbum, já mostra que elas continuam na pegada ‘soltinha’ do trabalho anterior. Esse astral que é ao mesmo tempo de festa, amor e chapação vai se repetindo pelo disco em diversas tonalidades diferentes, alternando picos mais eufóricos com outros de profunda letargia, mas sempre onírico e psicodélico.
Na fórmula atual do Warpaint há trip-hop, dream pop e uma sensualidade natural que brota diretamente da música, distante anos-luz do que se costuma ouvir associado à palavra ‘sensual’. A impressão que tenho é que elas se sentem simplesmente livres. Que continuem assim.
Altamente recomendado!

