Em 16 de julho, quando o Wilco lançou (e disponibilizou para download gratuito) Star wars, seu nono disco de estúdio, pegou todos de surpresa e de uma hora para outra não se falava em outra coisa. Alguns minutos após a descoberta já havia um sem-número de opiniões sobre o álbum, a maioria delas apontando para sua divisão em um ‘lado a’ (barulhento, experimental) e um ‘lado b’ (com “cara de Wilco”).
A maioria dessas opiniões falava sobre uma volta às raízes do Uncle Tupelo (primeira banda de Tweedy), sobre influências de/referências a Pavement e Sonic Youth, dado o caminho seguido pela banda no tal ‘lado a’.
Não sei realmente o que o Wilco andou ouvindo nos últimos anos nem se Jeff Tweedy sente saudades de seu passado. E na verdade não enxergo nem uma coisa nem outra em Star wars.
A impressão que tive e que persiste ao ouvir o disco é a de que banda de Chicago fez o que quis nas 11 canções do disco, sem se preocupar em seguir qualquer padrão – mesmo que um suposto padrão criado por eles mesmos. Estão descontraídos, livres, e por consequência mais experimentais. Ou talvez não seja nada disso e tudo que disseram antes seja verdade. Quem se importa? Star wars é um grande álbum, e isso é o que interessa.