‘Conheci’ Stela Campos em um show da banda Lara Hanouska, no finado Espaço Retrô da Rua Fortunato, em algum momento do final dos anos 90. Nem fazia ideia de que Stela, a vocalista, à época morava em Recife e estava totalmente inserida no mangue bit de Chico Science e Fred 04, e muito menos de que ela já havia tocado com ex-membros do Fellini no projeto Funziona Senza Vapore. Isso em contar a história do show de Daniel Johnston do qual ela participou…

Alguns anos mais tarde caiu em minhas mãos seu primeiro disco solo, o bom Céu de brigadeiro (de 1999), mas não ouvi mais nada de Stela até o começo deste ano quando descobri Dumbo, seu mais recente trabalho, lançado – virtualmente e em vinil – no finalzinho de 2013.

O álbum de 11 faixas que na versão física saiu via Tratore/Fonomatic sucede Mustang bar (2009), Hotel continental (2005) e Fim de semana (2002), além do já citado Céu de brigadeiro (todos disponíveis no Bandcamp da cantora).

Como não ouvi os três últimos discos de Stela, não tenho como compará-los a Dumbo, mas de qualquer forma creio que tais comparações sejam desnecessárias. O importante é o conteúdo deste álbum, uma mistura bem dosada entre folk, psicodelia e indie rock feminino noventista (PJ Harvey, Drugstore).

As faixas preferidas por aqui são as 4 últimas de Dumbo, que retratam bem o que foi dito no parágrafo acima sobre a ‘receita’ do disco. Mas ouça-o de cabo a rabo, que a trip é das boas.

Recomendado!


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